Cenas da Vida.

Era uma tarde fresca e aconchegante, típica daqueles dias em que todo mundo lá fora parecia existir apenas como um bando de passarinhos alegres, não vendo a hora de chegar em seus ninhos. Lee estava deitada em sua cama, coberta com seu cobertor favorito, completamente imersa em uma série que descobrira por acaso. Aqueles episódios se desdobravam diante de seus olhos, cada um mais interessante do que o anterior, criando um universo onde ela podia se perder por horas a fio.

No entanto, algo dentro dela começou a borbulhar, um desejo inesperado de fazer mais do que simplesmente absorver histórias. Eu, Lee, ou melhor, Ana, sempre fui uma garota imaginativa, com um olhar curioso para as pequenas sutilezas da vida. Enquanto observava os personagens da série lidando com seus dilemas e alegrias, eu me vi pensando: “E se eu pudesse escrever sobre isso? Sobre como essas situações se refletem na vida real? Sobre como eu me sinto em situações cotidianas? Ou até mesmo sobre histórias criadas e montadas pelo meu cérebro, apenas com a companhia da minha caneca maravilhosa da Rita Lee”

Foi assim que nasceu minha vontade absurda de criar crônicas. Peguei meu caderno velho, cheio de páginas rabiscadas com meus pensamentos dispersos e ideias que nunca ganharam forma. Naquela tarde comecei a escrever. Não sobre a série em si, mas sim sobre emoções que a série despertava em mim.

Descobri que escrever crônicas era como esculpir com palavras, nuances e matrizes que só ela conseguia ver daquelas histórias. Era uma forma de dar voz aos seus pensamentos mais profundos, de compartilhar suas reflexões com o mundo de uma maneira única e pessoal.

À medida que as palavras fluíram, eu me sentia mais viva do que nunca. Era como se casa frase fosse um pequeno raio de luz na penumbra da tarde fresca, iluminando não apenas a página em branco, mas também sua própria imaginação.

Eu descobri o poder das crônicas, um meio de transformar meu cotidiano, minhas experiencias e observações em histórias que poderiam tocar outros corações da mesma forma que as histórias criadas, vistas e vividas tocam o dela.

Assim, criei coragem de publicar minhas crônicas, espero que esses textos que viram aí, ajudem vocês e toquem o coração de vocês.

Espero que todos sejam muito bem vindos e bem vindas.

Um beijo e um cheiro.

Ana Marchiori (Lee)

Ig: anac.marchiori